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Quando dois homens iguais se cruzam numa estação de comboios, a realidade parece dar lugar ao que, hoje,
podíamos chamar metaverso. Mas quanta daquela estranha ilusão pode, afinal, ser real?
Numa estação de comboios, na província, John, o inglês, e Jean, o francês, veem-se e parecem estar, ambos, em frente ao espelho. A verdade, como percebem em poucos segundos, é que são idênticos, iguais - nem rasto de diferenças. As horas passam, e os dois sósias conversam e bebem animadamente, até John cair num absoluto e anestesiante torpor alcoólico. Porém, quando desperta, o inglês percebe que aquele pode bem ter sido o seu último momento de sossego: Jean roubou-lhe a identidade e desapareceu. E é então que John resolve tomar também o lugar do francês.
Na nova vida de John, isto é, a de Jean, o inglês terá de desempenhar vários e estranhos papéis: vê-se dono de um château, dá por si a gerir um negócio à beira da falência e, pior, é a personagem principal de uma família pouco recomendável. Resumindo: John, perdão, o novo Jean é o grande senhor de nada.
Hitchcockiano, imersivo e surpreendente, O Outro Eu é um livro que parte da ideia de duplo para questionar os conceitos de identidade e verdade, enquanto joga com o anguloso e menos solar lado da palavra «Eu».
Tradução de Catarina Ferreira de Almeida
ISBN 9789722373203
Nº de Páginas 384
Data de Lançamento 3/2024
Dimensões 233 x 153 x 25 mm
Formato Capa Mole
Peso 461g